Magia do Número 7

Magia do Número 7

O que há por trás do número 7? Quais os segredos e mistérios desse número? Dentre todos os números ele é o preferido pela humanidade, tido como sagrado, perfeito, o sete é na verdade um número mágico, sim, ele tem magia. Está presente nas pétalas das rosas, nas chagas, na mudança da lua, nos véus, nas cores e som. E tem muito mais. Vamos caminhar agora pelo número sete, o mais impressionante de todos. Ele povoa a mitologia, a superstição, a religião, a história, ciência. Desde o dizer supersticioso de que o gato tem sete vidas até as sete maravilhas do mundo, o sete é o mais presente em nosso dia a dia.

Para começar, nosso tempo está dividido em período de sete dias, a religião diz que Deus fez o mundo em seis dias e descansou no sétimo. No mito do dilúvio universal registra-se que Noé levou sete casais de cada espécie animal dos considerados limpos, e que Deus deu um aviso a Noé sete dias antes do começo da grande inundação (isso narrado no capítulo 7 de Gênesis e o aviso divino no versículo 7). Nos rituais hebreus Abraão usou sete cordeiras como testemunho, Jacó serviu a Labão sete anos para cada filha que tomou como mulher, e os cerimoniais do templo se baseavam muito nesse número. Todas as grandes religiões orientais têm o “sete” como seu símbolo sagrado e consagrado.


No livro mais simbólico da Bíblia o sete aparece mais de cinqüenta vezes e fala de um animal de sete cabeças, sete igrejas, sete estrelas, sete anjos, sete trombetas, sete taças, sete flagelos,etc etc e a cidade de Roma (chamada de grande prostituta) foi construída sobre sete montes. Satisfeito? Tem mais: sete monumentos foram escolhidos como as sete maravilhas do mundo, talvez devido à popularidade do número. E recentemente, no dia sete de julho (o sétimo mês) de 2007 foram escolhidos os sete novos monumentos da modernidade, e o Cristo Redentor é um dos sete monumentos.

Toda essa badalação em torno do número sete pode ter uma das justificativas no equívoco dos caldeus, criadores da semana. Eles distinguiram sete astros do sistema solar (Sol, Lua e os planetas Marte, Mercúrio, Júpiter, Vênus e Saturno). Na época não avistaram Urano, Netuno e Plutão. Mas há muito mais para se descobrir com o sete: as sete notas musicais (dó, ré, mi, fá, sol, lá, si, dó) formam a mais perfeita melodia de som grave para agudo em nossa voz modulada. Também as sete cores do arco-íris, percebidas pelos nossos olhos.

 Há muitos aspectos na vida do ser humano regido pelo número sete: sete é a unidade universal na interpretação grega dos números. Os esotéricos denominam o sete como o número do destino. Na cultura judaica o número sete é que domina o ciclo de cada ano: Cada sétimo dia marca o Sabath; o sétimo mês é sagrado; o sétimo ano é um ano sabático. O ano do jubileu era determinado pelo número sete multiplicado por sete. Os hindus descobriram sete chakras e os metafísicos dizem que há sete níveis de consciência. E ainda podemos mencionar que foram sete as  pragas do Egito, serpente de sete cabeças e que Dante descreveu sete infernos. Sete dias levou Deus para criar o mundo e setes são os dias da semana. São sete os mares do planeta.  Sem contar que sete vidas têm um gato, que estão também nas botas de sete léguas e até a Branca de Neve está acompanhada de sete anões. Quando criança pintamos o sete, brincamos do jogo dos sete erros e dormimos assustados com o bicho de sete cabeças. Bebê que nasce de sete meses é prematuro. Quando vamos à escolas aprendemos que em sete de setembro comemoramos o dia da Independência do Brasil, e que o crânio humano tem sete orifícios (dois no nariz, dois nos ouvidos, dois olhos e uma boca) e que as sepulturas têm sete palmos. A carta de Pero Vaz de Caminha tinha sete folhas. Lampião desafiou a polícia de sete Estados brasileiros. Descobrimos na literatura que Drummond é o poeta de sete faces e  na química há existência de sete níveis de energia em um átomo e que a raiz quadrada de 49 na matemática é sete. E o nome do Brasil aparece sete vezes no Hino Nacional. Sete também são as Profecias Maias desde a antiguidade.

A ciência materialista considera que a cada sete anos há uma mudança no físico devido à renovação constante das células. Porém o corpo vital permanece. Nele estão contidos os átomos de todas as fases de nossa vida. Existem teorias que pregam ciclos de sete anos durante a vida. Quando finda um ciclo, é o momento de se refletir. Talvez por isso, todo casamento, fatalmente, passe pela crise dos sete anos. Essa é a prova de fogo. Chegar aos sete anos de casamento e superar qualquer obstáculo que a fase possa impor é motivo de comemoração.

Há toda uma mística envolvendo o número sete. O sete para o Budismo é o número místico, já para a numerologia é o número do mistério. Para os gregos é o número da sabedoria e para os chineses e japoneses o número da sorte. Assim o sete é cabalístico e o espírito humano sofre influências desse número, pois, possuindo grande imantação ele rege a natureza.

Música, pintura, escultura, arquitetura, literatura, coreografia e cinema são o Manifesto das Sete Artes. Violeta, amarelo, anil, verde, laranja, azul e vermelho são as sete cores refratadas pelo prisma. Éter, água, metais, pedra, matas, terra e fogo são os sete elementos. Arcanjos, anjos, devas, silfos, gnomos e salamandras são os sete elementais. Thales de Mileto, Bias, Cleopulo, Mison, Quilon, Pitaco e Sólon são os sete sábios da Grécia. Esperança, fortaleza, prudência, amor, justiça, temperança e fé são as sete virtudes humanas.Já a vaidade, avareza, violência, egoísmo, luxúria, inveja e gula são os sete pecados capitais. Batismo, confirmação, eucaristia, sacerdócio, penitência e extrema-unção são os sete sacramentos.

Tem ainda os sete livros do Antigo Testamento, as 7 chagas de Cristo, 7 são as Nações que praticam a Umbanda, 7 são as linhas de cada Nação e 7 são os Orixás que comandam estas Linhas, 7 são as rogatórias do Pai Nosso, 7 cidades sagradas da Índia, Seth (7) era o nome do irmão de Osíris (Egito Antigo). Sete são os dons do Espírito Santo.