Serei o Vento que passa
que fica e leva sem asas.
Serei o Vento que uiva
em árvores choronas,
choram suas folhas, balançando
com a chuva, que depois a abandonam.
Serei o Vento que sopra na direção dos campos
te cobrindo com um manto de rosas singelas,
rosas vermelhas, brancas e amarelas.
Serei o Ventos que apavora ao amanhecer.
A tempestade que passa e deixa rastros,
serei o Vento sereno, o Vento sem rumo,
no prumo de um veleiro à mercê.
Serei o vento,
tocando os teus cabelos
beijando-te a face
e entregando-te meu pensamento.