Rainha Cleópatra

Rainha Cleópatra

Cleópatra VII nasceu em 69 a.C. na cidade de Alexandria, fundada por Alexandre no delta do Nilo e que nos séculos anteriores ao nascimento de Cristo desempenhou o papel de metrópole cultural, artística e económica do Mediterrâneo Oriental. Embora fosse egípcia por nascimento, pertencia a uma dinastia macedónia que estabelecera-se no Egito em 305 a.C, quando o general macedónio Ptolemeu tomou o título de rei. Era filha do rei Ptolemeu XII Auleta e da rainha Cleópatra V; tem sido proposto que a sua mãe seria a rainha Cleópatra V ou então uma das várias amantes do pai. Segundo o geógrafo Estrebão, Cleópatra era uma filha ilegítima de Ptolemeu. Apesar da origem estrangeira da dinastia à qual pertencia, Cleópatra foi a única da sua dinastia a dominar a língua egípcia.

Sabe-se pouco sobre a infância e adolescência de Cleópatra, tendo recebido uma educação provavelmente esmerada. A lenda fez de Cleópatra uma mulher bonita e sexualmente liberta, mas as fontes antigas enfatizam a sua inteligência e diplomacia . Para além do egípcio, afirma-se que Cleópatra falava sete ou oito línguas, entre as quais o grego, o arameu, o etíope, a língua dos Medas,o hebraico e o latim. As fontes antigas também atribuem a Cleópatra a escrita de livros sobre pesos e medidas, cosméticos e magia. Cleópatra foi também testemunha do reinado atribulado do pai. Ptolemeu XII, filho ilegítimo de Ptolemeu IX Latiro, era impopular entre a população de Alexandria e tinha-se mantido no poder graças ao apoio de Roma, pelo qual teve que pagar vastas somas de dinheiro, conseguidas através de pesados tributos impostos ao povo. Recebeu o epíteto de "Auleta" que significa "tocador de flauta" numa alusão ao seu gosto pela música, que parecia colocar antes das tarefas governativas. Em 58 a.C o pai de Cleópatra refugiou-se em Roma, tendo a sua filha Berenice IV sido eleita como nova soberana, mas esta foi assassinada em 55 a.C., quando Ptolemeu XII regressou ao Egipto. Outra filha de Ptolemeu XII, Cleópatra VI, desaparece em circunstâncias misteriosas, possivelmente morta por ordem de Berenice IV. Antes de falecer em 51 a.C. Ptolemeu nomeou os seus filhos Cleópatra e Ptolomeu XIII como novos soberanos do Egipto. Seguindo o costume da sua dinastia, Cleópatra casou com o irmão que teria cerca de quinze anos de idade. A mais famosa rainha do Egito Cleópatra foi a última Rainha da Dinastia ptolomaica que dominou o Egito após a Grécia ter invadido aquele país, ela subiu ao trono egípcio aos 17 anos de idade, após a morte do pai.

Tinha uma grande preocupação com o luxo da corte e com a vaidade. Costumava enfeitar-se com jóias de ouro e pedras preciosas ( diamantes, esmeraldas, safiras e rubis ), que encomendava de artesãos ou ganhava de pessoas próximas e familiares. 

Os monarcas estavam cercados por homens da corte que ambicionavam o poder e que exerciam um domínio sobre o irmão de Cleópatra: Teódoto, preceptor de Ptolemeu XIII, o eunuco Potino e o oficial do exército Aquilas. Desde o início Cleópatra compreendeu que Roma era a nova potência do Mediterrâneo e que caso desejasse manter-se no poder deveria manter relações amigáveis com ela. A luta pelo poder entre ela e seus irmão gerou uma forte instabilidade política e econômica para o Egito. Diante disso, ela acabou exilada e decidiu pedir o auxílio de Roma ( atual Itália ).

   

A Rainha egípcia Cleópatra ficou conhecida pelas inúmeras conquistas amorosas. Mas não era apenas pela beleza que ela seduzia seus amantes. Cleópatra possuía seu próprio ateliê de perfume. Dizia-se que ela esfregava perfume sólido na boca antes de beijar um amante, para que o cheiro o obrigasse a pensar nela depois do encontro.